Seja qual for a prática psicológica, pode-se observar que na existência humana ocorrem diversas formas de se vivenciar a dor. Tal processo é único e nos dá a oportunidade de constatar as diferentes maneiras de confrontação da dor. Por que uns elaboram mais facilmente a dor e outros não? O que de fato proporciona a transvaloração da dor enquanto superação e afirmação da vida? Nasce, então, na clínica psicológica, uma indagação filosófica sobre a existência e o sentido da dor. Não se pretende aqui desconsiderar o homem histórico e as diversas construções sociais em que os indivíduos estão inseridos. Mas se observa que o caminho de reconhecimento e reelaboração da existência diante da dor, para alguns, não é possível. Todo homem passa pela dor e sofre em seu existir. No entanto, muitos tentam evitar a dor. Contudo, Nietzsche nos mostra a possibilidade do homem transformar sua dor em alegria e desta forma transvalorar sua existência. Por isso, será necessário dividir a nossa pesquisa em três momentos: a) O que é isto o existir na dor? b) O que é isto a dor? c) Como transvalorar a dor? Qual o sentido da dor para Nietzsche?