Álvaro de Campos era, segundo Pessoa, «o mais histericamente histérico de mim»; era engenheiro, usava monóculo, e o poeta escrevia sob o seu nome quando sentia um súbito impulso de escrever não sei o quê." Campos é o heterônimo da modernidade, da euforia, da irreverência total a tudo e a todos, cultuador da liberdade, sedento por experimentar todas as sensações a um só tempo e profundamente influenciado por Walt Whitman. De sua lavra são os célebres versos de «Opiário», “Ode trinfual”, “Lisbon revisited” e “Tabacaria” — este último considerado dos mais belos poemas da língua portuguesa.