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Marcos Avelino Martins

As Horas Que Faltam Para Te Ver

30º livro de Poesia do autor, todos eles no Clube de Autores e Amazon, em versão impressa e digital, juntando-se a: 1. OS OCEANOS ENTRE NÓS / 2. PÁSSARO APEDREJADO / 3. CABRÁLIA / 4. NUNCA TE VI, MAS NUNCA TE ESQUECI / 5. SOB O OLHAR DE NETUNO / 6. O TEMPO QUE SE FOI DE REPENTE / 7. MEMÓRIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO / 8. ATÉ A ÚLTIMA GOTA DE SANGUE / 9. EROTIQUE / 10. NÃO ME LEMBREI DE ESQUECER DE VOCÊ / 11. ATÉ QUE A ÚLTIMA ESTRELA SE APAGUE / 12. EROTIQUE 2 / 13. A CHUVA QUE A NOITE NÃO VIU / 14. A IMENSIDÃO DE SUA AUSÊNCIA / 15. SIMÉTRICAS — 200 SONETOS (OU COISA PARECIDA) DE AMOR (OU COISA PARECIDA”) / 16. AS VEREDAS ONDE O MEU OLHAR SE PERDEU / 17. A MAGIA QUE SE DESFEZ NA NOITE / 18. QUAL É O SEGREDO PARA VIVER SEM VOCÊ? / 19. OS TRAÇOS DE VOCÊ / 20. STRADIVARIUS / 21. OS SEGREDOS QUE ESCONDES NO OLHAR / 22. ATÉ SECAREM AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS / 23. EROTIQUE 3 / 24. OS POEMAS QUE JAMAIS ESCREVI / 25. TUA AUSÊNCIA, QUE ME DÓI TANTO / 26. OS DRAGÕES QUE NOS SEPARAM / 27. O VENTO QUE NA JANELA SOPRAVA / 28. EROTIQUE 4 / 29. A NOITE QUE NUNCA MAIS TERMINOU (inédito). Algumas amostras: “Mas, finalmente, a campainha toca, / Abro a porta, e lá estás, linda e atrevida, / Com um decote insinuante que me provoca, / E uma saia curta, que a avançar o sinal me convida,” “Antes que teu beijo me deflagre / Algo parecido com um milagre, / Estava aqui, quase em penúria, / Até me arrebatares com tua fúria!” “Hoje é dia de enxugar o pranto: / A festa acabou, / O teu voo partiu, / Acabou-se o encanto, / A tua rosa murchou, / A ilusão se consumiu…” “Quando eu estiver quase desistindo, / Cansado de lutar em vão por todos nós, / Envolva-me com esse teu sorriso lindo, / Deixa-me ouvir a melodia de tua voz…” “Esse teu adormecido vulcão precioso / Aguarda minha vinda para entrar no clima / E fazer jorrar o seu néctar caudaloso / Que me convida a navegar rio acima” “Conta-me qual a tua música predileta, / E o filme que mais te provocou arrepios! / Conta-me baixinho alguma tara secreta, / Confesses que para meu mar correm teus rios…” “Por que não apago essa reminiscência, / E esqueço essas lembranças sem nexo? / Por que quando me aperta a tua ausência, / Se olho no espelho, vejo atrás o teu reflexo?“ “As gélidas águas de meu rio / Querem se fundir com as tuas, / Para teu calor derreter meu frio, / Como em teu olhar insinuas…” “Venha, vamos juntos tomar uma cerveja, / Conte-me todas as suas histórias de vida, / Revele-me por que cargas d’água me deseja, / Fale-me de onde veio essa paixão suicida…” “Na fonte de teu olhar / Brotaram primaveras / E quando me beijaste a sonhar / O universo explodiu em quimeras” “Venha, dance comigo, / Enquanto o mundo gira sem nós, / E cante junto esse bolero antigo, / Só para eu ouvir a sua voz…” “Foi quando então eu te vesti de estrelas, / E, como louco, pus-me contigo a sonhar, / E naquela noite encantada, ao vê-las, / Naveguei nos anos-luz de teu olhar…” “As mulheres volúveis / Não tinham Dodge Dart!” “Sei que lá fora o sol brilha, / Mas em minha alma faz um frio de doer os ossos, / E meu coração é uma solitária ilha, / Na qual secaram todos os poços…” “Há fantasias que são improváveis, / Mas que desejamos com todo fervor, / E há fantasias que são memoráveis, / Como um lindo sonho de amor…” “A última mulher / Talvez te espere na esquina / Ou quem sabe nem tenha nascido, / Ou por um momento sequer, / Por uma destinação divina, / Em teus braços tenha renascido,” “Ei, se isto a acalma, passe direto por mim, / Finja que não viu o lampejo em meu rosto, / Depois se encharque com uma garrafa de gim, / E poste uma foto com um sorriso exposto…” “Esses mortos me perseguem, / E frequentam meus pesadelos, / Criando em meu cérebro um tumor, / Alimentado por esses terroristas que seguem / Crenças que arrepiam todos os meus pelos, / E enchem minha alma de puro horror!” “Quando seu desejo aumentar, beije-me com ardor, / Recite meus poemas com seu jeito artístico, / Juntemos para todo o sempre as nossas sinas, / Enquanto singro eternamente por seus olhos infinitos…” “E quando eu a aleijar com ardor, apertando sua cintura, / Em um mágico instante pimentão saberemos / Que Esculpido nos flechou através da janela, / Entregando-nos de presente tão enorme caixão…” “Ame-me como uma louca, esqueça as amarras, / Até quando durará a paixão, nenhum de nós sabe, / Mas enquanto isto não acontece, solte suas garras, / Esqueça do mundo lá fora, até que a noite acabe…” “O chuveiro me desperta, / E depois de um longo banho, / Ela entra pela porta aberta, / E em seu corpo me emaranho!” “Quando anos-luz levarei para cruzar / Esse teu olhar de um ao outro extremo? / Quantas vidas levarei a te navegar / Nesse meu pobre barco sem velas nem remo?” “É tão estranho, saber que você existe em dois níveis, / O físico, que está pelo mundo a vagar, sorridente, / E esse sobrenatural, que só existe em meu quarto! / Essa manifestação é uma daquelas coisas impossíveis, / Quando estou distraído, aparece de repente, / E, quando a vejo, quase tenho um infarto!” “Essas rimas que enfeitam meus versos / Também não são minhas, pois são sopradas / Pelos deuses da Poesia de mil Universos, / Para que as semeie por suas moradas…” “Não diga adeus, / Nem hoje nem nunca, / Pois onde você achará / Quem lhe queira tanto assim?” “Se quiser, falemos sobre Poesia, / Recite-me versos do Fernando Pessoa, / Ou um lindo poema da Cecília Meireles, / Conte-me sobre sua mais louca fantasia, / Fale-me sobre a sua viagem a Lisboa, / Ou até sobre moda ou outras coisas reles…” “Entre coloridos jogos de luzes, / Numa atmosfera estroboscópica, / Olharei enquanto me seduzes, / Numa dança sensual e erótica, / Tirando sem qualquer pressa / Tua minúscula lingerie de renda. / Será então que tudo começa, / E farás com que eu me surpreenda” “Essa lágrima silenciosa, / Que em teus olhos vejo brotar / E rolar por tua face maravilhosa, / Será de um adeus que não pode evitar?” “Quando nossos corpos se tocam, / Faíscas brotam em pleno ar, / Relâmpagos se chocam / Tempestades eróticas a brotar!” “Provocas-me êxtases incríveis, / Quando nos amamos sem pressa, / Nesses momentos inesquecíveis / Em que o amor que te dou, a mim regressa…” “Deixei de acreditar em você / Quando me negou um beijo / Porque sua boca tinha um céu / E estava repleto de estrelas, / Que fugiriam se me beijasse! / Como posso acreditar em alguém / Que diz ter estrelas no céu da boca, / Se é no olhar que elas se escondem?” “Será que não devíamos ter deixado aquelas paisagens / Intactas, sob o domínio dos pássaros e dos condores? / Por que nos atrevemos a capturar tão lindas imagens / De picos enormes e colinas cheias de flores?” “Ou quem sabe me aches no Aconcágua, / Tomando algumas aulas de alpinismo? / Talvez isto encha teus olhos d’água, / Ou dê vontade de pular num abismo!” “Tão de repente como chegou, / O amor some, / E depois que se evaporou, / Esqueço até o seu nome…” “Vou deixar de lado os meus enganos, / Para tentar por toda a noite te decifrar, / Pois os mais insondáveis oceanos / São os que moram no fundo do olhar… “ “Eu te vi somente de relance, / Por um momento sublime, / Tão ali ao meu alcance, / Um sonho que nenhum verso exprime…” “Como é que se joga numa cova / Um sentimento que virou opressor? / Quando é que fugiu da alcova / O meu infeliz coração desertor?” “Minha bola de cristal não funciona, / E é opaca como uma nuvem de fumaça, / O máximo que consigo é adivinhar / Que nesses braços onde você me aprisiona / Minha paixão por você é a real ameaça / Que me induz a, por você, tanto sonhar…” “Assiste enquanto a vida passa ao largo, / Sem nem lhe conceder uma anistia, / Seu riso foi trocado por um sorriso amargo, / A noite eterna não dá lugar para um novo dia…” “Em uma das vias, ouvem-se memórias / De amantes que se encontraram, / Na outra, lamentam-se histórias / De pessoas que nunca se amaram! / Em uma, foi o amor que deu certo, / Na outra, a solidão que vive por perto…” “Os olhos que tudo veem nos acompanham atentos, / Tentando entender nosso desejo incurável / De amar, mesmo famintos ou sedentos, / Cultivando nossa fé inabalável!” “Enquanto isto, jogue calor em seu inverno, / Atire as suas balas em outra direção, / Pois a culpa desse seu inferno / Jamais foi minha não!” “Quando verás a luz que em meu olhar brilha, / Para finalmente saíres / Da solidão sem fim de tua ilha, / E em meus braços dormires?” “Mas, embora teus olhos encerrem promessas, / Ainda mais expostas em teu sorriso sedutor, / Será agora, quando meu caminho atravessas, / Que enfim terei coragem para te falar de amor…” “Parei de chorar pelos cantos / E de beber até o dia raiar, / E redescobri os raros encantos / Das estrelas, da lua e do mar…” “Espalham-se entre nós, ocultos, / E deles só vemos os olhos avermelhados, / Nos becos escuros, surgem seus vultos, / Caindo como pragas sobre os desabrigados…” “O vinho cabernet estará gelado, / No ponto em que você gosta de beber, / O bacalhau do Porto já estará assado, / Tudo pronto para lhe receber…” “Vai ser assim que foi: / A paixão no olhar me entregou, / E antes de lhe dizer um oi, / Amanhã, tudo terminou…” “Find me in your dreams / And never let me go. / Let me hear your screams / While the hours flow…”
33 printed pages
Original publication
2022
Publication year
2022
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