Até que um dia, ainda hesitantes, deixamos escapar uma palavra a um amigo mais chegado. Uma palavrinha, tão somente. Desabafo discreto. Muito bem não está. Há um problema. O outro então se abre. Também calara sua história. A descoberta nos conforta. Não deveria, mas nos conforta. Não o admitimos, mas nos conforta, como se o desamparo do outro diminuísse o nosso. Reticentes, ouvimos suas experiências, e, reticentes, eles ouvem as nossas. Trocamos endereços, indicações. Depois, não mais falamos de nossos filhos.